Sabe-se que o tema liderança vem sendo discutido cada vez com mais
ênfase dentro das organizações. Com intuito de colaborar com essa discussão,
este texto mostra algumas reflexões sobre o assunto, mas intimamente ligado à
questão da liderança feminina, pois as mulheres trabalhadoras e,
principalmente, aquelas em cargos de liderança merecem um olhar destacado. Ao
longo da história as mulheres enfrentaram (e enfrentam) dificuldades para conseguir sair da vida privada, ou seja, mostrarem-se publicamente como mulheres
trabalhadoras, já que em casa eram tidas como “dona de casa”. Lutaram para isso
e, aos poucos, começaram a se inserirem nos nichos dominados pelos homens.
Com grande
dificuldade essas mulheres vão adentrando ao universo masculino, lutando por
direitos iguais, tanto no trabalho quanto na sociedade. Porém, ainda é grande e
visível a diferença entre homens e mulheres dentro das organizações. Mesmo
sendo quase metade da população economicamente ativa do Brasil, o público
feminino não está satisfeito com o que alcançou. Corretamente lutam por
igualdade, no entanto, será isso possível? Homens e mulheres podem ser
considerados iguais perante uma organização, perante uma sociedade como a
nossa?
Não podemos
nos esquecer de que existem características que podem ser consideradas
masculinas e características que poder ser vistas como femininas. Dentro das
organizações isso também é visível, visto que muitas mulheres assumem cargos de
liderança dominados exclusivamente por homens. Com isso apresentam suas armas
adquiridas ao longo do tempo, advindo da organização feminina. Habilidades de
relacionamento e acolhimento, capacidade de inovação e intuição podem ser
usadas como exemplo dessas características, mostrando assim que as mulheres
trazem do lar, de seu primeiro local de liderança, tais aspectos. Positivamente
as mulheres perceberam que podem se utilizar desses artifícios para facilitar
seu crescimento frente aos obstáculos ainda encontrados.
Qualquer um
pode ser líder, mas poucos escolhem essa condição. Mudou muito o exercício da
liderança do século passado para este e, com isso, o público feminino vem
crescendo e almejando cada vez mais a esses cargos. Contudo, para finalizar, vale
trazer uma frase bem interessante: “A essência da boa liderança é a
capacidade de conduzir pessoas aos lugares em que precisam estar, e não necessariamente aos lugares onde desejam estar.” (Frankel, L. Pág. 16),
envolvendo não somente os liderados, mas também e principalmente o próprio
líder.
Eduardo Metz
Psicólogo - CRP 07/19.385
Especialista em Gestão de Pessoas
FRANKEL, L. P. Mulheres
Lideram Melhor que Homens: descubra por que o perfil feminino se destaca no
trabalho, em casa e na vida. Trad. CARVALHO, Maria A. Editora Gente, São Paulo,
2007.
GOMES, A. F. O
Outro no Trabalho: Mulher e Gestão. Revista de Gestão da USP, São Paulo/SP,
v. 12, n. 3, p. 1-9, jul/set. 2005.
KANAN, L. A. Poder e Liderança de Mulheres nas Organizações de Trabalho.
Universidade do Planalto Catarinense – UNIPLAC, Bases/SC, v. 17, n. 53, 2010.
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